Depois de registrar filas no Pavilhão da Cura, local concentrado para a vacinação contra a covid-19 em Curitiba, a Prefeitura decidiu ir até os hospitais aplicar as doses nos profissionais de saúde. A partir das 13 horas desta sexta-feira (29) a imunização começou nos hospitais Cajuru, de Clínicas, Evangélico-Mackenzie, Pequeno Príncipe e Trabalhador. Nos primeiros dias de vacinação, profissionais da saúde relataram aglomerações e atrasos, além de falhas no aplicativo Saúde Já, usado para consultar os agendamentos.

Em coletiva de imprensa, nesta sexta (29), a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, explicou que as filas aconteceram porque os profissionais, que foram até o pavilhão não estavam com o nome na lista e não tinham cadastro no app Saúde Já.

Segundo ela, hospitais encaminharam os trabalhadores da linha de frente ao pavilhão do Parque Barigui sem que eles estivessem com a vacinação agendada.

Márcia conta que circularam duas Fakenews. Uma é que a vacina iria acabar e a outra é que todos os profissionais de saúde deveriam ir direto para o Barigui.

Huçulak reforçou a orientação para que ninguém vá ao pavilhão do Parque Barigui sem consultar o dia do agendamento. Para minimizar os problemas, além da campanha concentrada no parque, a Secretaria Municipal da Saúde começará a imunizar os profissionais da linha de frente nos próprios hospitais.

As ações itinerantes acontecerão nas unidades que mais absorvem os atendimentos do SUS.

Ela também reforça que não existe caso de fura fila na secretaria de saúde.

Neste domingo (31), excepcionalmente, a campanha de vacinação contra a covid-19 seguirá em funcionamento. No entanto, Márcia Huçulak tornou a pedir que as pessoas do primeiro grupo prioritário confirmem a data e o horário que devem comparecer ao pavilhão para evitar as filas e aglomerações registradas no decorrer da semana.

Sobre o ritmo lento de vacinação, a Secretaria Municipal da Saúde alega que Curitiba é a região mais atrasada do Estado porque reúne o maior contingente de idosos asilados e trabalhadores da área da saúde. Encerrada a vacinação nas Instituições de Longa Permanência, e corrigidas as falhas identificadas na campanha conduzida no pavilhão, a prefeitura espera acelerar o ritmo.

Reportagem: Angelo Sfair/Fernanda Scholze