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As mulheres representam apenas 15% do número de candidatos eleitos no Brasil

Mulheres ainda são minoria nos cargos eletivos, mas representam a maioria do eleitores brasileiros

 As mulheres representam apenas 15% do número de candidatos eleitos no Brasil

Foto: divulgação/AEN

No Brasil, as mulheres representam mais de 52% do número de eleitores. Isso significa que são mais de 77 milhões de mulheres aptas a votar no país. Mas, apesar desse índice, o número de mulheres que ocupam cargos públicos ainda é muito baixo. Dos 27 estados da federação, apenas o Rio Grande do Norte tem uma mulher no cargo de governadora. Das 5.568 cidades brasileiras, apenas 658 são administradas por mulheres. No legislativo, os números são um pouco mais animadores, mas o índice de cadeiras ocupadas por mulheres não ultrapassa os 15%.

De acordo com a lei, os partidos tem a obrigação de apresentar um mínimo de 30% de candidaturas femininas sob pena de terem a chapa inteira cassada. Mas na prática, na maioria das vezes são candidaturas com menos recursos e pouco viáveis.

De acordo com a advogada Juliana Bertholdi, que é especialista em Direito Público e Eleitoral, apesar dos avanços da legislação, a sociedade ainda precisa avançar para que a representatividade da mulher na política seja mais efetiva:

Em Curitiba, na Câmara Municipal, as mulheres tem posição de destaque. A cidade tem um dos maiores índices de representantes femininas na vereança, inclusive, foi uma mulher quem recebeu o maior número de votos nas eleições de 2020. Das 38 cadeiras da casa, 8 são ocupadas por mulheres de diferentes partidos. Ainda em 2020, os eleitores da capital paranaense elegeram também, a primeira vereadora negra da cidade.

De acordo com Indiara Barbosa (NOVO), apesar da cidade ser um destaque no contexto nacional, o número de mulheres na casa ainda é muito baixo. Para ela, estar entre uma minoria contribui para que as vereadoras adotem posturas mais atuantes na casa:

A questão da representatividade política está ligada ao desenvolvimento da sociedade brasileira. Apesar de ainda em 1928, o Brasil ter tido a primeira prefeita mulher, os avanços acontecem lentamente e de forma isolada em alguns lugares do país. Jaqueline explica que a demora para que se tenha um número maior de mulheres na política também depende de mudanças culturais nas próprias mulheres:

Em Curitiba, representar as mulheres na câmara, estando em minoria, trouxe harmonia para as relações político-partidárias. De acordo com Indiara Barbosa, a bancada feminina da casa luta para defender os interesses que fazem parte da pauta de todas as mulheres e, além disso, a vereadora afirma que união e atuação contundente colocou as vereadoras à frente de papéis importantes no legislativo municipal:

As dificuldades ainda são muitas e, mesmo com um número tão baixo de mulheres em cargos públicos, a violência contra a mulher está muito presente também na política.

De acordo com um levantamento da ONG Terra de Direitos, 31% das mulheres que estão na política já foram ameaçadas, 18% foram agredidas e 76% ofendidas.

Confira também o boletim com Angela Luvisotto:

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