O prédio da Assembleia Legislativa do Paraná foi ocupado por manifestantes ligados à APP Sindicato no começo da tarde desta segunda-feira (03). Eles derrubaram o portão da casa e entraram no local minutos antes de começar a sessão que vai votar o projeto de lei que implementa o “Parceiro da Escola” – programa do governo estadual que pretende entregar a iniciativa privada a administração de 200 escolas.

Bombas de efeito moral foram utilizadas para conter a ocupação. Por enquanto, não há informações de feridos.

Desde a manhã desta segunda-feira (03), os sindicalistas fazem manifestação no Centro Cívico e várias ruas estão bloqueadas na região. Eles são contra o projeto de lei.

O deputado estadual, Fabio Oliveira (PODE), lamentou a ocupação e diz que a atitude vai impedir o debate democrático.

O deputado estadual, Arilson Chiorato, do PT, afirma que a segurança foi a principal preocupação no momento, já que muita gente entrou no local.

A sessão será realizada às 17h, de forma remota.

Greve ilegal

Conforme o governo, o movimento grevista é ilegal, já que foi suspenso pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). A decisão prevê multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Projeto

O Parceiro da Escola prevê que para ser instalado passe antes por uma consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das instituições cívico-militares, dentro de um processo democrático. A proposta é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar. Conforme o governo, o programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares.

Em atualização