Balanço do Festival de Curitiba mostra 200 mil espectadores
Entre as mais de 350 atrações estiveram muitas peças gratuitas para a população
O Festival de Curitiba termina neste final de semana deixando um saldo de efervescência cultural e também de movimentação econômica. Uma coletiva de imprensa foi realizada na manhã deste sábado (8), no hotel Mabu Curitiba Business, para que a organização do evento fizesse um balanço de tudo o que aconteceu desde o dia 27 de março.
A estimativa é de que 200 mil pessoas foram impactadas, com acesso à arte e à cultura, a partir de uma programação diversa e com opções gratuitas. Ao total foram mais de 350 atrações em 63 espaços de Curitiba e da região metropolitana. Outro efeito positivo foi a movimentação econômica: o cálculo aproximado indica que foram gerados 2.600 empregos, entre diretos e indiretos, envolvendo mais de 1500 artistas.
Balanço das atrações
A mostra Lúcia Camargo contou com 32 espetáculos e público de 40 mil pessoas, lotando os teatros da cidade. No total foram 70 apresentações, 41 sessões com ingressos esgotados e 3 sessões extras. A mostra teve 7 estreias nacionais e uma internacional dentro da programação.
O Fringe é a mostra paralela e uma uma oportunidade de oferecer acesso à cultura. Foi retomado depois de três anos e contou com mais de 40 espetáculos gratuitos dentro da programação de 280 atrações que movimentaram as ruas, praças e parques, teatros e espaços independentes de Curitiba e região metropolitana, proporcionando mais de 50 mil espectadores. Fringe teve 15 mostras, além do circuito independente, que teve programação densa em 23 teatros.
Com seu formato de “grande comedy club”, o Risorama reuniu mais de 17 mil espectadores em sua 19ª temporada. Os participantes acompanham um pout-pourri de stand-up comedy, com a possibilidade de serviço de bar, em mesas compartilhadas. Após o Festival de Curitiba, o Risorama percorre o Brasil, mantendo a sua tradição de plateias cheias e muitas gargalhadas.
O diretor de Festival Leandro Knopfholz comenta em coletiva, “ Se nós tivéssemos o apoio da prefeitura, esse festival seria ainda maior, com mais espaços para atrações e mais incentivos para a geração de empregos… Uma alta movimentação econômica na cidade, com bares, restaurantes, hotéis, ambulantes, transporte coletivo, e várias áreas do comércio com vendas expressivas…- Segundo ele, apesar de diversas conversas, a prefeitura sempre se manteve resistente ao não apoio e nenhuma divulgação”.
A diretora do projeto, Fabíula Passini, comenta sobre a ansiedade no período anterior à realização do evento. “Todo ano ficamos com a incerteza se realmente o Festival vai acontecer, ou se ele vai ser barrado pela prefeitura”.
O balanço da edição mostra que, ao longo das duas semanas de Festival, um dos marcos foi a de ações inclusivas visando a acessibilidade. Mais de 25 espetáculos com libras e audiodescrição. O evento termina neste domingo (9), encerrando a 31ª edição.
Informação: Giovanna Retcheski, com supervisão