Com horários pouco atrativos e oferta de salários mínimos ou pouco acima do piso, o setor de bares e restaurantes tem encontrado dificuldades para encontrar mão de obra. Nesta semana, um mutirão de empregos que oferecia 40 vagas para trabalhar no maior restaurante da América Latina recebeu apenas três candidatos. Os empresários citam dificuldades para encontrar pessoas dispostas a trabalhar de forma fixa no período noturno, em datas festivas, finais de semana e feriados.

O grupo Família Madalosso, sediado em Santa Felicidade, está com dezenas de vagas abertas. Os postos de trabalho são para auxiliar de cozinha, serviços gerais, produção, almoxarifado, recepção e supervisão. Os salários oferecidos partem de R$ 1,8 mil, para jornadas de oito a dez horas de trabalho.

A CEO do restaurante Madalosso, Mariana Werner, cita algumas das estratégias do grupo para suprir a demanda, como a realização de mutirões e a busca de mão de obra em outros estados:

Empresários do setor reconhecem que os horários e exigências afastam os trabalhadores das vagas. O CEO do Grupo Zapata, Márcio Brasil, relata que a dificuldade para encontrar funcionários fixos aumentou. Além disso, segundo ele, também está mais difícil preencher as vagas com freelancers:

Na avaliação da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o cenário econômico atual contribui para que os trabalhadores recusem as ofertas. Isso afeta, principalmente, as vagas pouco atrativas, com salários baixos, cargas horárias altas e folgas em dias de semana.

Veja mais:

• Oitava parcela do IPTU 2023 vence segunda-feira (20)

Dados apurados pelo IBGE, por meio da PNAD Contínua, apontam que o Paraná se aproxima do cenário de “pleno emprego”. a taxa de desocupação atual gira em torno de 5%. Isso significa que a maior parte das pessoas com idade para trabalhar não está procurando emprego. Pelo contrário, os trabalhadores estão ocupados e procuram por oportunidades melhores, com maior remuneração, projeção de carreira e qualidade de vida.

Reportagem: Angelo Sfair