Os alunos das escolas e universidades estaduais do Paraná estão sem aulas hoje (sexta, 29) por causa da paralisação dos professores que protestam no Centro de Curitiba. A manifestação marca um ano do episódio que ficou conhecido como a “Batalha do Centro Cívico”. Além das instituições de ensino, também pode haver reflexos em setores como a Saúde, Segurança Pública e Agricultura e Abastecimento, por causa da adesão de servidores ao movimento. Quem explica é Marlei Fernandes, uma das coordenadoras do Fórum de Lutas 29 de Abril, que representa os 22 sindicatos do Serviço Público e também os movimentos sociais.

Ao todo, no Estado, há duas mil e duzentas escolas e sete universidades. Ainda não há um balanço do governo sobre quantas dessas unidades foram afetadas pela paralisação de hoje. O Executivo também não divulgou informações sobre eventuais impactos nos postos de saúde.

Nesta semana, representantes do Fórum de Lutas 29 de Abril estiveram na Assembleia Legislativa para dar detalhes sobre o protesto desta sexta. De acordo com a entidade, mesmo após um ano, há demandas dos servidores ainda pendentes, como atrasos nos pagamentos de promoções e progressões, a questão previdenciária e a não convocação de aprovados em concursos públicos, entre outras coisas. Com isso, o objetivo do ato é, sobretudo, reforçar essas reivindicações.

A atual secretária de Educação, Ana Seres, assumiu a pasta pouco depois dos acontecimentos de 29 de abril do ano passado, quando quase duzentas e cinquenta pessoas ficaram feridas. Segundo ela, a situação evoluiu muito de lá para cá e, hoje, há mais diálogo entre as partes.

As concentrações no Centro de Curitiba começaram por volta das 8h30 da manhã, nas praças Rui Barbosa e Santos Andrade. De lá, os grupos seguem em marcha em direção à praça Tiradentes, de onde partem para o Centro Cívico. À tarde, após um almoço comunitário no local, um show da banda Detonautas deve encerrar o ato.