A gratificação por frequência escolar deve ser estendida a diretores de todos os colégios da rede estadual do Paraná. Desde maio do ano passado, quando o bônus começou a ser pago, apenas gestores de escolas com mais de 150 alunos e 85% de frequência poderiam receber o adicional. O anúncio foi feito nessa quinta-feira (16) pelo governador Ratinho Junior durante o Seminário de Diretores Escolares, em Foz do Iguaçu.

Pela proposta enviada à Assembleia Legislativa pelo governo estadual, serão R$ 20 milhões dedicados a este pagamento em 2023. A extensão vai favorecer principalmente escolas do campo, que compõem 70% das instituições com menos de 150 estudantes da rede pública do estado. O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, explicou que este e outros bônus têm a intenção de incentivar os diretores a manter os alunos na escola e a qualidade do ensino.

O Paraná está em primeiro lugar no Ideb, índice que mede a qualidade da educação básica no país. Segundo o governo estadual, condicionar o bônus à frequência escolar foi uma decisão pautada por pesquisas acadêmicas. A presença contínua dos alunos na escola é importante porque é a base do trabalho, como avalia a diretora Vanessa Cristina Raquelli, da Escola Estadual Jorge de Lima, de Salto do Lontra, no Sudoeste.

A gratificação por frequência paga aos diretores é gradativa, está ligado ao número de estudantes matriculados e ao índice de presença. A bonificação se soma ao salário mensal dos gestores, mas não conta para contribuição previdenciária, férias e outras vantagens.

Reportagem Amanda Yargas