Os motoristas que precisam descer a Serra do Mar pela BR-277 agora enfrentam dois desvios operacionais em um trecho de menos de 10 quilômetros. Além do gargalo no km 42, afetado por deslizamentos de terra no final do ano passado, o km 33 também teve o tráfego limitado após o surgimento de fendas no asfalto. Os problemas na BR-277 se intensificam em pleno período de escoamento da safra. A rodovia é a principal ligação com o Porto de Paranaguá.

O problema mais recente foi identificado no final da Serra do Mar, na altura do km 33,5, em Morretes. Enormes fendas surgiram no acostamento e em uma das pistas, o que fez a Polícia Rodoviária Federal bloquear parcialmente a rodovia na tarde de terça-feira (7). Na manhã seguinte, engenheiros e geólogos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) analisaram o afundamento e condenaram o trecho, que será liberado apenas após a reconstrução do pavimento. Pela complexidade da intervenção, é possível que o trabalho leve semanas ou meses até ser concluído. Ainda não há um cronograma de obras estabelecido.

Segundo a PRF, o desvio aberto no km 33,5 não tem restrições de circulação. Ou seja, caminhões e veículos de carga podem passar pelo trecho. Isso não significa, no entanto, que os problemas estão resolvidos. Tanto no km 42 quanto no km 33,5 os motoristas que sobem ou descem a serra enfrentam desvios em pistas simples. Além do perigo, os trechos se tornam mais lentos, com frequentes registros de filas e engarrafamentos.

Durante o Carnaval, a fila para descer ao litoral pela BR-277 chegou ao Contorno Leste, já no trecho urbano de Curitiba. Nas próximas semanas, outra preocupação é com o escoamento da safra 2022/2023. O pico de movimento, segundo o Ministério dos Transportes, é esperado entre os meses de março e abril.

Informações: Angelo Sfair