Caso Virgínia Soares volta a ser analisado pelo TJ
Médica é acusada de antecipar morte de pacientes
Um recurso que pode determinar a absolvição ou a realização de júri popular contra a médica Virgínia Helena Soares, acusada de antecipar a morte de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Evangélico, em Curitiba, será julgado nesta quinta-feira (16).
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Os crimes teriam sido cometidos entre 2006 e 2013, por Virgínia, que era chefe do setor, e mais quatro funcionários. Em 2021, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu, por dois votos a um, que a médica deverá ser submetida ao júri popular pelo crime de homicídio doloso.
O TJ-PR atendeu a uma apelação do Ministério Público (MP-PR) que havia recorrido após o juiz Daniel Surdi Avellar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, inocentar a médica e outras sete pessoas, em 2017. O único voto divergente abriu caminho para o recurso que será julgado nesta quinta-feira (16).
Será decidido se a ré deve ser absolvida sumariamente ou julgada pelo Júri Popular. A análise do recurso será presencial, na sede do TJPR, no Centro Cívico, às 13h30. Em nota, a defesa da médica afirmou que seja qual for a decisão, caberá recurso para Instâncias Superiores (STJ e STF).
A médica Virgínia de Soares de Souza foi denunciada pelo MPPR em 2013, acusada de antecipar a morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. Na ocasião, ela e outros sete réus foram absolvidos em primeira instância. O MPPR recorreu.
Nas denúncias mais recentes, a médica é acusada de matar duas pacientes em 2012, também na UTI do Evangélico. Essas mortes não foram analisadas na ação movida em 2013. Uma das pacientes tinha 35 anos e, a outra, 16 anos. Virgínia teria facilitado a morte das mulheres para liberar leitos.
Informações: Leonardo Gomes