Passados mais de dois meses desde o início do Censo 2022, metade dos brasileiros estimados ainda não foram contabilizados.

Segundo o IBGE, responsável pelo levantamento, uma das principais dificuldades é a recusa da população em atender os recenseadores. Por isso, nesse final de semana, técnicos, diretores e coordenadores do instituto montaram pontos de divulgação do trabalho em Curitiba e em todas as capitais do País.

As regiões Sul e Centro-Oeste registram as maiores dificuldades. O gerente técnico do Censo, Luciano Duarte, reafirma a segurança e confidencialidade da pesquisa:

Com a resistência da população em receber os recenseadores, especialmente na classe com rendimentos mais altos, os trabalhos do IBGE foram prorrogados. Agora, a previsão é concluir as entrevistas até dezembro.

Luciano Duarte explica que, além de revelar o tamanho da população e suas características principais, o Censo também é fundamental para que as políticas públicas sejam mais efetivas:

Segundo o IBGE, responder o Censo 2022 é uma atividade rápida. Apenas um morador responde por todos do domicílio. Também é possível responder por telefone ou pela internet, de forma agendada, após o contato presencial do recenseador.

Há dois tipos de questionário. O básico tem apenas 26 perguntas e leva cerca de cinco minutos para ser respondido. A versão ampliada é aplicada aleatoriamente em 11% dos domicílios. Neste caso, são 77 perguntas, que são respondidas, em média, em 16 minutos.