As fortes chuvas de outubro deixaram a alface 52% mais cara no Paraná. É o que mostra o 11° Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento. Entre as onze centrais analisadas, a Ceasa da capital paranaense teve a maior alta da hortaliça, na comparação entre setembro e outubro.

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A cebola é o segundo item de maior aumento, com 50% do valor, seguida da batata, com 39% e do tomate, com 9%. O responsável do Departamento Técnico Econômico da Federação da Agricultura do Paraná, Luiz Eliezer, lembra que a venda das hortaliças depende diretamente da qualidade do produto.

As frutas também tiveram alta no décimo mês do ano. O mamão teve o aumento mais expressivo, com 11%, seguido da melancia, com 4%, e da laranja, com 3%. Com a chegada do verão, a demanda por hortaliças e frutas aumenta, o que também pode causar alta nos preços.

Além das chuvas, o final de ano costuma registrar um consumo maior dos produtos alimentícios de maneira geral. Na análise do economista e professor universitário, Lucas Dezordi, a inflação também deve sofrer com a alta das hortaliças.

Dezordi acredita que, dependendo das chuvas, a alta dos preços não deve chegar em 2024.

Além de Curitiba, foram analisadas as Ceasas de Belo Horizonte, em Minas Gerais, Brasília, no Distrito Federal, Fortaleza, no Ceará, Goiânia, em Goiás, Recife, em Pernambuco, Rio de Janeiro, São José, em Santa Catarina, São Paulo, e Vitória, no Espírito Santo.

Reportagem: Larissa Biscaia