Cinemas do Paraná vão exibir animações que chamam a atenção para a violência e exploração sexual de menores
Durante todo o mês de maio, todas as sessões de cinema do Paraná vão exibir, antes dos filmes, duas animações que alertam sobre a violência e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. Os vídeos fazem parte da campanha “Não Engula o Choro”, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social.
A exibição dos vídeos cumpre a exigência de uma lei estadual aprovada em 2017, que prevê ações educativas durante o mês de maio, em referência ao Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, registrado no próximo dia 18.
As animações mostram duas crianças em dificuldades e frente a frente com uma série de monstros. Elas só se libertam quando conseguem buscar proteção com os pais ou na escola. O coordenador de políticas da criança e do adolescente da Secretaria da Família e do Desenvolvimento Social, Alann Bento, explica que o objetivo das animações é falar diretamente com as vítimas de violência
Os cartazes da campanha enumeram alguns sinais de alerta que podem indicar que a criança ou o adolescente estão sendo vítimas de violência. Entre eles estão o choro sem motivo aparente, a tristeza constante, os distúrbios do sono e ansiedade ou o medo excessivo.
A campanha também vai chegar à rede de proteção de crianças e adolescentes, que têm a missão de identificar e acolher as vítimas
Segundo dados do Disque-Denúncia, no Paraná, o número de denúncias de violência contra menores subiu quase 38% de 2016 para 2017 – o salto foi de 843 para mais de 1.100 notificações. Os casos de violência sexual lideram as denúncias, com 31%; seguidos pelos de violência física, com 30%, negligência ou abandono, com 23%, violência psicológica, com 5% e fornecimento ou uso de álcool ou drogas, que responderam por 4% do total de denúncias.
Alann Bento entende que o aumento nas notificações é positivo, pois ajuda o poder público no mapeamento dos casos
Qualquer denúncia de violência contra menores pode ser feita pelo telefone 181, de forma anônima. As notificações também podem ser feitas pela internet e pelo aplicativo, que permite ao denunciante enviar fotos e vídeos que provem a agressão.