Desde o início deste ano, as batidas de veículos em semáforos já causaram um prejuízo de quase R$ 300 mil à administração municipal da capital paranaense. No período, a Superintendência de Trânsito (Setran) registrou a abertura de 60 chamados para consertos diversos, uma média de 6 por mês.

O diretor de planejamento e operação da Setran, Pedro Darci da Silva Junior, comenta que além do custo, é um grave problema para a segurança dos motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres enquanto o semáforo fica fora do ar e a estrutura passa pelo serviço de manutenção. Ele também explica como funciona esses trabalhos de reparos.

De acordo com dados da Setran, desde o mês de janeiro de 2021, as equipes acumulam 7.885 horas trabalhadas em reparos com acidentes nos semáforos. Pedro revela que nesses casos, é preciso tentar identificar o condutor que provocou a colisão e que muitas vezes foge do local para que seja responsabilizado pelos danos.

Depois de descobrir o motorista, é aberto um processo para que seja feito o ressarcimento dos custos com a recolocação da sinalização. A análise mais recente do Programa Vida no Trânsito (PVT), feita em 2020, aponta que 39,2% do total de acidentes com mortes no trânsito da capital ocorreram após colisão.

Na sequência, aparecem os atropelamentos, que correspondem a 35,4% dos acidentes fatais. O PVT demonstra ainda que 71,3% dos acidentes com óbitos ocorrem em ruas e avenidas da capital, enquanto 22,1% estão em rodovias que cortam a cidade e 6,6% na Linha Verde. O período da noite é o que mais concentra os acidentes de maior gravidade: 36,5% do total.

Reportagem: Fernanda Scholze