Com inflação dobrada dos medicamentos em Curitiba, genéricos ganham força
Opção pode ser até 30% mais barata em relação à marca de referência
A inflação dos medicamentos acumula alta 6,6% no ano, para Curitiba. O resultado é quase o dobro da variação geral na cidade, que fechou agosto com 3,5% de alta, desde janeiro. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – o IPCA – calculado pelo IBGE, em agosto.
Veja mais:
O contínuo aumento nos preços dos remédios tem consolidado os medicamentos genéricos ou similares como opção ao consumidor. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos apontam uma alta de 3,6% nas vendas, no primeiro semestre deste ano.
O coordenador do curso de Farmácia da Universidade Positivo Felipe Lukacievicz Barbosa, diz que os medicamentos genéricos são mais baratos, porque os fabricantes desses remédios não precisam investir na pesquisa e no desenvolvimento do produto. Na prática, o gasto menor de produção torna o preço final do medicamento mais atrativo ao consumidor.
No Brasil, um medicamento recém lançado pode ser comercializado de forma exclusiva pelo laboratório desenvolvedor por 20 anos. Depois desse prazo, a patente perde a validade, permitindo que outros laboratórios produzam e explorem comercialmente a mesma fórmula.
O laboratório que assume a produção do genérico, porém, precisa comprovar em uma série de testes, que o medicamento que produz tem o efeito idêntico ao original.
De janeiro a junho foram comercializadas 979 milhões de unidades de medicamentos genéricos no Brasil. Foram 35 milhões de unidades a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
Reportagem: David Musso