Comércio no litoral espera quebra de 40% nas vendas por causa da greve dos professores
Com as férias dos alunos da rede estadual de ensino comprometidas pela greve dos professores, que entra nesta quarta-feira (03) no trigésimo oitavo dia, os comerciantes do litoral estão preocupados com a perspectiva de queda nas vendas. Os empresários lançaram, nesta semana, um manifesto pedindo a compreensão de servidores e governo para o retorno das aulas. A tendência é de que a paralisação e a consequente suspensão das férias para reposição dos dias letivos perdidos, principalmente no verão, diminuam em até 40% a renda do comércio na região, que é predominantemente ligado ao turismo. Quem explica é o presidente da Assindilitoral, Carlos Alberto Freire.
A Assindilitoral representa os hotéis, pousadas, restaurantes, bares, casas noturnas, prestadores de serviços e similares da região. Segundo a entidade, se a projeção de impacto nas vendas se confirmar, a próxima temporada de verão pode ser a pior da história no comércio do litoral paranaense.
Durante a alta temporada o litoral paranaense recebe mais de três milhões de turistas, de acordo com a Assindilitoral. Mas também na baixa temporada o movimento de turistas é garantia de renda e desenvolvimento para os moradores e empresários locais.
Ainda conforme a entidade, mais de mil estabelecimentos e cerca de 10 mil trabalhadores devem ser afetados pela falta de público ao longo de 2015.
Somando o período desta greve – a segunda do ano – com a primeira que durou 29 dias, já são 67 dias sem aulas dos 200 previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Assim, a paralisação representa, até agora, uma perda de 33,5%. A definição sobre as reposições depende do fim da paralisação, já que o novo calendário vai ser feito pelos Núcleos Regionais de Educação com base na demanda, uma vez que parte das escolas funciona normal ou parcialmente.