Copa, Eleições e Crise Mundial derrubam empregos
O Paraná ficou atrás de Santa Catarina e a frente do Rio Grande do Sul na quantidade de empregos criados em 2014. Por aqui, foram geradas cerca de 41 mil vagas formais, contra 53 mil do estado vizinho. Os dados foram divulgados hoje (sexta), pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e apontam que o volume de postos de trabalho foi muito menor que em 2013. Naquele ano, o Paraná criou 89 mil vagas. De acordo com o ministro Manoel Dias, os grandes eventos como a Copa do Mundo e as eleições atrapalharam a economia brasileira. Mas, ele minimizou os números.
A região metropolitana de Curitiba criou pouco mais de quatro mil empregos em 2014, contra 18.504 em 2013. No apanhado nacional do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, a queda de 2013 para 2014 foi de 64 e meio por cento. Foi um tropeço de mais de um milhão e cem mil vagas para 396 mil. A indústria deu a maior patinada, mas o ministro Manoel Dias considera que 2015 não haverá queda na criação de empregos.
A indústria de transformação foi a que mais demitiu em 2014, com o fechamento de 163 mil vagas. Na construção civil, foram 106 mil empregos a menos, eliminando quase toda a geração do setor em 2013. No campo, a agropecuária demitiu 370 pessoas. Apesar do otimismo do ministro do Trabalho e Emprego, o economista Gilmar Mendes Lourenço, da Faculdade de Administração e Economia do Paraná, acredita que 2015 não vai ser assim um ano tão bom.
Os dados de dezembro, do Caged, apontam ainda o fechamento de 555 mil vagas. O número é o maior desde 2008, quando começou a crise financeira provocada pelo fechamento do banco norte-americano Lehman Brothers.