Mais dois hospitais especializados no tratamento da Covid-19, em Curitiba, atingiram lotação máxima das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e não podem receber mais pacientes graves. Ao todo, são cinco hospitais com 100% dos leitos de UTI ocupados na capital: Hospital do Trabalhador, Sugisawa, Nossa Senhora das Graças, São Vicente Centro e Marcelino Champagnat.

Em entrevista à BandNews FM, a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, afirmou que as lotações são reflexos do comportamento da sociedade, que relaxou os cuidados e vem provocando aglomerações.

Ontem (22) em comunicado publicado na internet, o Hospital Nossa Senhora das Graças afirmou que não existem mais vagas para internação, tanto em quartos e enfermarias ou nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). No hospital apenas a maternidade e a UTI neonatal continuam com atendimento normal.

Já o Hospital Sugisawa, que também publicou um comunicado ontem (22), informou que não vai mais receber pacientes graves e pediu que a população reforce as medidas de prevenção. Por lá, além da ocupação máxima de UTIs e enfermarias, o Pronto Atendimento – que recebe pacientes das mais variadas situações – também está no limite de capacidade. Ao todo, a taxa de ocupação das UTIs do SUS exclusivas para a Covid-19 em Curitiba está em 88%. Dos 324 leitos que atendem somente ao coronavírus, apenas 38 estão livres.

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualizados ontem (domingo, 22), além dos hospitais que atingiram a lotação máxima das UTIs, outros quatro estão com índices de ocupação superiores a 70%, são eles: Hospital de Reabilitação com 79%, com 30 dos 38 leitos ocupados; Hospital de Clínicas com 78%, com 40 das 51 vagas ocupadas; E os hospitais Evangélico e Santa Casa, ambos com 73% de ocupação. Com 24 das 33 vagas disponíveis ocupadas e 44 dos 60 leitos ocupados, respectivamente.

Ainda segundo a Sesa, três das 9 enfermarias exclusivas para tratamento de pacientes com a Covid-19 em Curitiba estavam lotadas: no Hospital Erasto, no Hospital do Trabalhador e no Hospital da Cruz Vermelha.

Reportagem: Leonardo Gomes