Curitiba pretende suspender cirurgias eletivas por causa do avanço da covid-19
Com o aumento da taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e de UTIs exclusivos para pacientes da covid-19, as cirurgias eletivas devem ser suspensas na capital paranaense novamente. A declaração foi feita pela secretária municipal da saúde, Márcia Huçulak, durante uma audiência pública de prestação de contas sobre o último quadrimestre de 2020, que foi apresentada entre a manhã e início da tarde desta terça-feira (23), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
A secretária afirmou que a cidade já orientou a suspensão das cirurgias eletivas e aguarda um novo decreto do Governo do Paraná para efetivar a decisão.
A secretária informou que não há possibilidade de Curitiba fazer a compra direta das vacinas contra a covid-19, porque não há vacinas disponíveis para compra. Ela disse que não tem como o município pegar as doses de vacinas destinadas ao público de 95 anos ou mais e vacinar outros grupos, como o dos professores por exemplo.
Márcia acredita que há a possibilidade de Curitiba registrar uma nova onda do coronavírus. A secretária relembrou que o Rio Grande do Sul entrou em bandeira preta e outros estados, como Santa Catarina, Rodonia e Manaus, pediram socorro para Curitiba.
Mas, de acordo com ela, parece que agora chegou a vez da capital paranaense acender o alerto, porque está em um ascendente de contágio, especialmente com o pós Carnaval.
A Secretaria Estadual de Saúde do Paraná debate sobre a suspensão das cirurgias eletivas no estado e o toque de recolher que foi flexibilizado nas últimas semanas. Um novo decreto com novas medidas deve ser publicado ainda esta semana.
Reportagem: Fernanda Scholze