A designer curitibana Rafaella Bona Gonçalves ficou em segundo lugar na premiação de Jovens Inventores do Escritório Europeu de Patentes (EPO). Ela desenvolveu absorventes higiênicos sustentáveis, que vão ser vendidos no modelo compre-um-doe-um, atuando no combate à pobreza menstrual. Rafaella recebeu o prêmio nessa terça-feira, em Munique, na Alemanha, que também inclui 10.000 euros.

A designer indica que esse valor vai ajudar a viabilizar a produção em larga escala e a venda dos absorventes. Os absorventes são totalmente biodegradáveis, contêm fibras recuperadas no ciclo de resíduos da colheita de banana do Brasil, fibras de bambu, celulose, entre outros componentes orgânicos. Assim, o produto tem tempo de decomposição de seis meses a um ano, muito menos do que as versões comuns, de plástico, que levam aproximadamente 500 anos para se decompor.

Rafaella disse que o objetivo era unir ativismo à sustentabilidade.

O Presidente do Escritório Europeu de Patentes, António Campinos, elogiou Rafaella e o projeto, dizendo que a designer demonstrou “notável criatividade, determinação e compaixão no desenvolvimento de seus produtos para aliviar os problemas de pobreza menstrual entre grupos desfavorecidos no Brasil”.

A designer conta que o projeto foi pensado com base na população em situação de rua de Curitiba.

Além do prêmio Jovens Inventores, o projeto também recebeu o iF Design Talent, da Alemanha.

Reportagem: Amanda Yargas.