Desembargador nega habeas corpus para jovens acusados de envolvimento na morte de Daniel
Vão permanecer presos dois jovens acusados de participação na morte do jogador Daniel, no ano passado. O atleta foi encontrado morto em outubro, na Grande Curitiba, com sinais de agressão e o corpo mutilado.
O desembargador Paulo Edison Pacheco, do Tribunal de Justiça do Paraná, negou ontem (22) o pedido de habeas corpus da defesa dos jovens David Willian Silva e Ygor King. Os dois respondem pelo crime junto com outras quatro pessoas, além do empresário que confessou ter matado o jogador — motivado por um suposto abuso contra a esposa dele.
No pedido de habeas corpus, a defesa dos jovens sustentava que a dupla não teve participação na morte de Daniel, apenas nas agressões contra o jogador. O desembargador destaca que a prisão preventiva dos jovens serve para a garantia da ordem pública. Ele chama atenção que Daniel foi agredido de forma violenta e sucessiva, sem possibilidade de defesa.
Depois, os dois réus também teriam auxiliado no transporte do jogador até um local ermo na região rural de São José dos Pinhais, onde Daniel voltou a ser espancado e acabou mutilado. O desembargador ressalta ainda que a prisão preventiva dos jovens preserva o andamento da investigação e a produção de provas. Em novembro, a juíza Luciani Regina de Paula converteu de temporárias para preventivas as prisões de seis dos sete réus pela morte de Daniel.
Reportagem: Cleverson Bravo