O Departamento de Trânsito do Paraná quer estender o prazo para as 872 autoescolas do Estado começarem a usar o simulador de direção veicular. A resolução que institui a obrigatoriedade do equipamento é do Conselho Nacional de Trânsito e fixava um prazo de adaptação que acabou em 31 de dezembro.

O problema é que, diante da hesitação em relação à norma ao longo dos últimos dois anos, as empresas não se prepararam com antecedência por medo de eventuais prejuízos, segundo o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

A solicitação de mais tempo é tanto do Detran Paraná quanto do sindicato que representa os Centros de Formação de Condutores do Estado. Até agora, apenas três autoescolas têm o simulador – em Curitiba, Guarapuava e Pato Branco – mas aproximadamente 120 já entraram com pedidos de homologação dos aparelhos.

O pedido do Paraná já foi recebido pelo Departamento Nacional de Trânsito e está sob análise. Com a resolução em vigor, a ideia é trabalhar para que todas as autoescolas disponibilizem os simuladores ao mesmo tempo, evitando diferenças no ensino prático de uma unidade para outra.

Até que todos os centros disponham do serviço, as aulas nos locais que dispõem do aparelho continuam facultativas.

A resolução que obriga o uso do simulador foi publicada em julho de 2015 pelo Contran e prevê cinco horas/aula no equipamento – uma delas com conteúdo noturno – para quem quiser tirar a carteira de motorista para carros de passeio, na Categoria B. A fiscalização do uso do aparelho pelas autoescolas é de responsabilidade dos Detrans estaduais.

No simulador, os alunos reproduzem situações como ultrapassagem, mudança de faixa, direção com chuva e manobra em marcha à ré. De acordo com o Contran, numa segunda etapa será obrigatório o uso do simulador para quem dirigir veículos comerciais, caminhões, ônibus e motos.