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Empresários do setor de reciclagem são investigados por sonegação

Operação apreende R$300 mil, bloqueia bens de R$6 milhões e confisca pousada de luxo

 Empresários do setor de reciclagem são investigados por sonegação

Foto: TJPR

Uma operação contra a sonegação de impostos apreendeu R$ 300 mil, bloqueou bens de quase R$ 6 milhões e confiscou uma pousada de luxo na cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas. A Operação Taregas foi realizada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na terça-feira (05). A polícia estima que, pelo menos, 57 empresas participaram do esquema de sonegação de mais de R$ 200 milhões, de vários estados brasileiros, principalmente de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no setor de reciclagem de metais.

Um dos alvos investigados já foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por supressão de tributos, falsificação e uso de documento falso, criação de empresas de fachada e participação em organização criminosa. Em setembro de 2020, quando foi deflagrada a operação, ele foi preso temporariamente, depois recebeu o benefício de usar tornozeleira eletrônica. Mas, segundo o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, o homem seguiu com a prática criminosa, sendo preso novamente em março de 2021, mas foi posteriormente liberado por uma decisão do Tribunal de Justiça.

Na ação desta semana foram apreendidos no total R$ 302.565 em espécie, além de US$ 2.369 e € 500. Em uma das casas, o dinheiro estava escondido no suporte de luz de um banheiro. As ordens de busca e apreensão, o bloqueio de bens e o sequestro da empresa no Amazonas foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da capital paranaense. As investigações do Gaeco indicaram que, a partir de um “laranja”, o empresário, já denunciado, utilizou o dinheiro decorrente de sonegação para adquirir e remodelar inteiramente a pousada. Parte da transferência do dinheiro entre ele e o “laranja”, que também é empresário e que foi preso em flagrante na ação de terça (05) por porte de arma e munições sem registro, saiu da conta corrente de empresas de fachada, utilizadas para sonegar tributos.

Reportagem Fernanda Scholze

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carolina.genez

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