Entidades do Paraná querem R$ 220 bilhões para o crédito rural
Um documento enviado ao Governo Federal propõe a revisão do Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2019-2020, que entra em vigor em junho. A proposta foi elaborada pela Secretaria da Agricultura do Paraná, em conjunto com a Organização das Cooperativas (Ocepar) e a Federação da Agricultura do Estado (Faep).
O documento cobra oferta de 220 bilhões de reais para o crédito rural do País, aumento de 13% em relação à safra passada. As entidades pedem ainda redução de meio ponto percentual nas taxas de juros; de 5,5% aos médios produtores e de 6,5% para os demais produtores.
O secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, ressalta que as propostas do Plano anterior não foram integralmente cumpridas. Agora, a intenção é reduzir a burocracia na concessão de crédito rural.
Nos últimos dois anos, resoluções do Conselho Monetário Nacional reduziram a oferta de recursos controlados, via crédito rural. Esse crédito evita que o produtor capte valores junto ao mercado financeiro, fornecedores de insumos e agentes em geral, quando os juros e encargos tendem a ser mais elevados.
O documento destaca também propostas para a Agricultura Familiar, com aumento de recursos de 30 bilhões para 32 bilhões reais. As entidades do Paraná ainda sugerem taxa de 2,5% ao ano para as linhas do Pronaf (o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) — reunidas em uma única linha de financiamento.
Os Estados enviam as propostas à Secretaria de Política Agrícola do Ministério, anualmente. O Paraná é o principal produtor de trigo e carne de frango do País, o segundo maior produtor de milho e soja, além de terceiro maior produtor de suínos e leite. Nos últimos dez anos, o faturamento bruto no campo teve crescimento médio de 2,5% ao ano, com crescimento real de 28% entre 2008 e 2017.
Reportagem: Cleverson Bravo