Política

Escola sem Partido tem votação adiada para junho

 Escola sem Partido tem votação adiada para junho

A votação do projeto de lei “Escola sem partido” foi adiada hoje (28) na Assembleia Legislativa do Paraná. Um pedido para postergar a votação da proposta por dez sessões foi aprovado por 26 votos a 21. Isso quer dizer que o projeto só voltará à pauta daqui a três semanas, em meados de junho. Manifestantes contrários ao projeto celebraram nas galerias.

A proposta é polêmica e pretende proibir que professores em todo o Paraná falem de posicionamentos políticos ou ideológicos e discutam questões de gênero dentro de sala de aula. Assinado por Ricardo Arruda (PSL) e pelo agora deputado federal Felipe Francischini (PSL), o projeto prevê a instalação de cartazes nas escolas públicas e privadas que alertam para os ‘limites’ que não poderiam ser ultrapassados pelos educadores.

Segundo os autores, o objetivo é evitar o ‘doutrinamento’ por parte dos professores. Houve discursos acalorados em plenário e até um manifestante que foi expulso das galerias por mandar um parlamentar calar a boca. Deputados contrários à proposta argumentam que há flagrante inconstitucionalidade na matéria. Já o deputado Ricardo Arruda, um dos autores da iniciativa, acusou os opositores de balbúrdia e disse que a crítica ao projeto é de uma minoria.

As galerias da Assembleia estavam lotadas de manifestantes contra e a favor do Escola sem Partido. O consultor comercial Marcos Silva foi à Assembleia para pedir a aprovação do projeto. Ele vestia uma camiseta com a foto do ministro Sergio Moro e dizia que é preciso acabar com a doutrinação nas escolas.

Já o estudante e professor Henri Francis resolveu ir à votação para marcar posição contra a proposta. Para ele, os deputados deveriam se preocupar em garantir mais estrutura e condições às escolas, e não limitar a atuação dos professores.

A maioria dos manifestantes na galeria era contra a Escola sem Partido. Muitos vestiam faixas pretas sobre a boca, e chamavam a proposta de “lei da mordaça”. O deputado Ricardo Arruda lamentou o adiamento da votação, e disse que essa foi uma manobra da oposição ao projeto.

O parlamentar disse em discurso que o projeto pretende combater a ideologia em sala de aula e evitar que o aluno vire uma réplica do professor.

Contrário ao projeto, o presidente da APP Sindicato, Hermes Leão, também considerou o adiamento da votação ruim, e disse ser preocupante que a Casa ainda discuta esse tema.

O Ministério Público do Paraná e a OAB se manifestaram contra a proposta. O MP informou que defende o direito à educação livre e plural, previsto na Constituição, e que considera que o projeto pode promover a perseguição a professores. Já a OAB Paraná entendeu que houve desrespeito ao direito de cátedra e um vício de iniciativa, já que esse tipo de proposta teria que partir da união, e não de deputados estaduais.

Um grupo de deputados ainda tentou suspender a votação do projeto nesta terça com um recurso ao Tribunal de Justiça, mas o pedido foi negado pelos desembargadores. Essa seria a primeira votação da matéria em plenário. O texto ainda precisa ser discutido em segunda votação, e também pode receber emendas. Só depois disso é que ele pode virar lei ou ser arquivado.

Reportagem: Estelita Carazzai

Avatar

Band News Curitiba - 96,3 FM

A BandNews Curitiba está na cidade desde 2006. A emissora caiu no gosto do curitibano e, atualmente, está entre as dez rádios mais ouvidas da cidade.

Lei que garante direito a acompanhante em exames é sancionada

Lei que garante direito a acompanhante em exames é sancionada

Até 9 de julho, hospitais, consultórios, entre outros, terão que se adaptar à norma

Pesquisa para Prefeitura de Curitiba é proibida pela Justiça Eleitoral

Pesquisa para Prefeitura de Curitiba é proibida pela Justiça Eleitoral

A decisão é da juíza eleitoral Cristine Lopes, da 1ª Zona eleitoral de Curitiba.

Silvio Barros lidera pesquisa para prefeitura de Maringá

Silvio Barros lidera pesquisa para prefeitura de Maringá

Político do PP alcança 48% das intenções de voto, segundo levantamento do Paraná Pesquisas

Projeto sugere data de vencimento em destaque nas gôndolas

Projeto sugere data de vencimento em destaque nas gôndolas

Data de vencimento de todos os produtos alimentícios deve ter o mesmo destaque dos preços