A estiagem que atinge o Paraná pode perdurar, pelo menos, até meados de outubro. Goioerê, na região noroeste, enfrenta rodízio do abastecimento de água desde agosto. A falta de chuva nos últimos meses reduziu cerca de 50% a vazão do principal poço do município.

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A medida, que tem objetivo de reduzir o consumo e estimular o aproveitamento consciente do recurso, pode atingir Londrina – segunda maior cidade do Paraná.

Conforme a Sanepar, não há alerta de racionamento de água no município, mas caso não chova o suficiente nos próximos dias, o controle da demanda não é descartado. O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Cesar Gonchorsky, explica que o centro-norte do Paraná está sob o efeito de uma estiagem severa.

O Paraná enfrenta dias com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar desde junho, segundo o Boletim Agrometeorológico do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).

Esse é o trimestre (junho, julho e agosto) mais quente desde 1998, quando o Simepar iniciou as medições, para Curitiba, Paranavaí, Guarapuava, Londrina, Cambará e Maringá. O meteorologista Samuel Braun detalha que a chuva deve retornar com mais intensidade em outubro.

Em 2020 e 2021, o cenário das nascentes, rios e reservatórios no Paraná era intimidador. O volume baixo de água do Rio Paraná, por exemplo, mudou a paisagem das Cataratas do Iguaçu. O espetáculo natural marcado pela força das águas deu lugar à seca.

O diretor da Sanepar reforça que, apesar do Governo do Paraná decretar emergência em razão da estiagem, não há previsão de medidas mais duras no abastecimento de água.

Nesta semana, o Estado liberou R$ 5 milhões do Fundo para Calamidades Públicas (Fecap) aos municípios em situação de emergência para a estiagem. O fenômeno climático é caracterizado pela redução, atraso ou ausência de chuvas.

Reportagem: Mirian Villa