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Farmacêuticos se tornam réus por venda irregular de medicamentos

As investigações revelam que parte dos remédios era de uso exclusivo de hospitais

 Farmacêuticos se tornam réus por venda irregular de medicamentos

Foto: divulgação/Polícia Civil

A Justiça tornou réus quatro farmacêuticos da Região Metropolitana de Curitiba apontados como membros de uma organização criminosa responsável por desviar e vender ao menos 800 tipos de medicamentos e produtos farmacêuticos de forma irregular.

As investigações revelam que parte dos remédios era de uso exclusivo de hospitais. No entanto, eram vendidos diretamente a pessoas, sem qualquer controle. Os quatro respondem por crimes como associação criminosa, contra as relações de consumo, falsificação de medicamentos e tráfico de drogas. A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) aponta que o grupo também falsificava a data de validade de diversos tipos de remédios, entre eles os medicamentos de uso restrito. É o que explica o promotor de Justiça Alfredo Andreazza Dal Lago.

As investigações começaram depois que uma mulher disse à polícia que sofria ameaças. Ela seria dependente química de fentanil, um remédio para dor, e teria uma dívida com o dono da farmácia. Na sobreloja do estabelecimento a polícia encontrou uma grande quantidade de medicação de uso hospitalar.

Segundo a investigação, Ronaldo Martins dos Santos seria o farmacêutico responsável pela venda à mulher que denunciou o caso. Ele é o único dos réus que segue preso preventivamente, porque já foi condenado anteriormente por disparos de arma de fogo. Em uma operação em março, a polícia encontrou milhares de medicamentos em condições irregulares, fora da data de validade ou manipulados de forma irregular. Alguns em uma farmácia em Piraquara e outros em uma chácara na cidade.

De acordo com a polícia, a quantidade de remédios apreendida é tão grande que a contagem ainda não foi concluída. O Ministério Público pede uma perícia e também a incineração de todos os produtos. A polícia acredita que mais pessoas façam parte da organização criminosa e agora apura quem seriam os responsáveis por fornecer os medicamentos.

A defesa de Ronaldo dos Santos afirma que a denúncia do MP foi feita de forma precipitada, já que a polícia ainda não concluiu o inquérito – ou seja, no entendimento dos advogados, isso impossibilitaria afirmar que Ronaldo seja líder de qualquer operação ilícita.

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Olívia Marques

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