Festa universitária contrata psicólogas para acolher vítimas de assédio
Em vez de intensificar a prevenção de casos, Cervejada busca por profissionais da saúde mental
Em vez de intensificar a prevenção de casos de assédio, a organização de uma festa universitária contrata psicólogas para trabalhar no acolhimento das vítimas durante o evento. A tradicional “Cervejada do C7” acontece de maneira semestral, organizada por estudantes de cursos de engenharia da Universidade Federal do Paraná, para a recepção dos calouros.
Para o próximo evento, marcado para o dia 27 de agosto, os organizadores buscam fazer workshops para o acolhimento das vítimas, além da contratação de profissionais da saúde mental que vão trabalhar durante o evento.
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Apesar de a universidade não ter vínculo direto com a organização da festa, a Cervejada do C7 costuma acontecer no gramado do Centro Politécnico da instituição, o que depende de autorização da reitoria. A pró-reitora de assuntos estudantis, Maria Rita de Assis, destaca que os alunos, incluindo os organizadores do C7, passam por um trabalho permanente de prevenção aos casos de violência e opressão.
Além disso, o evento conta com uma comissão anti opressão, alunos identificados e preparados para acolher vítimas de assédio.
Em nota, a Cervejada do C7 afirma que possui desde 2015 uma Comissão anti-opressão. O foco do grupo é a prevenção e a conscientização de qualquer tipo de abuso, assédio, violência ou intimidação motivada por questões raciais, de gênero, sociais ou de orientação sexual. A nota afirma, ainda, que esta comissão é pioneira nesse tipo de abordagem dentro do meio universitário.
Reportagem: Larissa Biscaia