O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai acompanhar as investigações sobre as onze pessoas e um policial militar que foram mortos em diferentes pontos da região metropolitana de Londrina no último fim de semana. O objetivo é dar apoio à força tarefa montada para apurar o caso e detectar se pode ter havido participação de criminosos organizados ou mesmo de policiais na chacina, como forma de vingança pelas mortes de PMs. O coordenador do Gaeco, procurador Leonir Batisti, afirma que ainda é cedo para apontar suspeitos.

Para o coronel da reserva da Polícia Militar e ex-secretário de segurança pública do Paraná, Sérgio Malucelli, mesmo que haja a participação de policiais na chacina de Londrina, não é correto incriminar toda a corporação. Ele acredita que deva haver esforço máximo da polícia para identificar os responsáveis.

O coronel critica ainda a ação do governo de estado em unir o Departamento de Execução Penal (Depen) à Secretaria de Segurança Pública. Para ele, a modificação faz com que os próprios PMs que prendem  os criminosos, fazem a guarda dos mesmos, o que aumenta a tensão.

Um reforço de 80 policiais foi enviado a Londrina, no domingo, por determinação do secretário de Estado da segurança pública, Wagner Mesquita. A força tarefa deve durar pelo menos dez dias. Ainda segundo a SESP, os ataques a policiais em Curitiba e Londrina não têm relação entre si, apesar do boato de que uma facção criminosa teria ordenado os atentados. Ainda não há um levantamento sobre as prisões e abordagens feitas até agora.