Uma mulher de 21 anos que está no quinto mês de gestação é o primeiro caso confirmado de zika em Santa Helena, no oeste do Paraná. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, ela mora na área central da cidade e relatou não ter viajado recentemente para outras regiões do Estado ou do país, ou seja, a contaminação pode ter sido autóctone.

Como está na vigésima quinta semana de gravidez, no entanto, é baixo o risco de microcefalia no feto, já que o período de acometimento da má-formação é até o primeiro trimestre. Quem explica é a responsável pela Vigilância em Saúde da cidade, Beloni Celso.

Ao todo, já são pelo menos 48 casos confirmados de zika no Paraná em 10 cidades, conforme o último boletim da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado na semana passada. Desses, nove eram autóctones, ou seja, se deram por contaminação dentro dos municípios. Outros 15 eram importados e 24 estavam sob investigação.

O órgão não confirma se a paciente de Santa Helena é a primeira grávida a ter a doença no Estado. Para Beloni, uma das causas para o aparecimento do zika por lá é a intensa movimentação de turistas.

O material para exame da paciente de Santa Helena foi colhido no dia 2 de fevereiro. A confirmação pelo Lacen, o Laboratório Central do Estado, foi divulgada no último domingo (21). Outros quatro casos suspeitos de zika estão sendo verificados no município, que mantém ações constantes de combate ao Aedes aegypti desde dezembro.

Além de Santa Helena, Cascavel, Toledo e Tupãssi, todos na região Oeste, já registraram a doença em 2016. O novo informe da Sesa sobre o avanço da zika, da dengue e da chikungunya no Paraná deve ser divulgado na tarde desta terça-feira (23).