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Greca veta título de cidadão honorário a Olavo de Carvalho

Honraria deve ser concedida a quem, “reconhecida e comprovadamente”, prestou serviços relevantes para Curitiba

 Greca veta título de cidadão honorário a Olavo de Carvalho

Foto: reprodução/Facebook

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), vetou nesta segunda-feira (15) o projeto de lei que concedia ao influenciador Olavo de Carvalho o título de “cidadão honorário”. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município e divulgada pelo jornal Plural.

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O prefeito pondera que não é possível reconhecer ou comprovar serviços relevantes prestados pelo ideólogo ao município. Além disso, Greca entende que o projeto é inconstitucional, considerando que o homenageado morreu em 2022. Na justificativa do veto, o prefeito de Curitiba explica que o vereador Eder Borges (PP), autor do projeto, apresentou um substitutivo ao texto original para conceder o título de cidadão honorário “in memorian”.

Entretanto, o substitutivo foi rejeitado, tendo sido aprovado o projeto de lei com a redação original. Olavo de Carvalho morreu no dia 24 de janeiro de 2022. A causa do falecimento não foi confirmada oficialmente. A filha dele afirma que o escritor morreu por complicações da covid-19. Ele havia sido diagnosticado com a doença oito dias antes. Heloísa de Carvalho, no entanto, tinha relações rompidas com o pai.

Olavo foi um dos mais influentes negacionistas do coronavírus, ao qual chegou a se referir como “historinha de terror”. Em 74 anos de vida, Olavo de Carvalho era considerado um dos principais representantes do conservadorismo e da “Nova Direita” brasileira. Foi um dos gurus de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, mas rompeu com o ex-presidente após o primeiro ano de mandato. Em suas obras, foi acusado de promover discursos de ódio e anti-intelectuais. Defendeu teses racistas, antissemitas e preconceituosas, e também foi um divulgador de teorias conspiratórias.

Na Câmara Municipal de Curitiba, o projeto em homenagem a Olavo de Carvalho foi aprovado em dois turnos – no primeiro, com oito votos favoráveis; no segundo, com 14. Embora aprovado por apenas um terço dos vereadores (36%), o texto passou devido à alta abstenção.

Ao vetar a cidadania honorária, Rafael Greca também evocou a máxima de que “dos mortos só se fala bem”. Por isso, alega que não havia justificativa jurídica para aprovar a lei. O veto do prefeito agora retorna para a Câmara Municipal de Curitiba para análise.

Informação: Angelo Safir

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Giovanna Retcheski

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