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Mirian Gasparin

Sob o comando da 3ª geração, Noster integra setores estruturais da economia

 Grupo familiar paranaense completa 74 anos e diversifica atividades

Foto: divulgação

Entre os maiores riscos enfrentados pelas empresas familiares está a transição de uma geração para a outra. E isso não ocorre só no Brasil, mas é uma realidade nos negócios globais. No entanto, para o grupo curitibano Noster, essa barreira foi superada e hoje, sob o comando da segunda e terceira geração, está completando 74 anos de atividades.

Eu conversei com a diretora de Marketing do Grupo Noster, Thábata Gulin Guarinello, que é neta de um dos fundadores, o empresário Alfredo Gulin, e ela me disse que desde a criação da primeira empresa, o objetivo era diversificar os negócios.

O primeiro negócio da família Gulin foi aberto em 1949, quando Alfredo e os cinco irmãos iniciaram uma trajetória que futuramente se tornaria um sistema de transporte coletivo reconhecido em todo o mundo. Durante a década de 50, com o crescimento das empresas de transportes, os empreendimentos da família se diversificaram para as áreas da construção civil e revenda de automóveis, liderados por Alfredo Gulin e seus cinco irmãos.

A família foi aumentando e nos anos 80, a segunda geração assumiu o controle das empresas. Para facilitar a gestão dos negócios, a opção foi pela divisão em diferentes grupos familiares. Esse processo começou em 1993, sendo concluído em 1997.  

Atualmente, o Grupo Noster atua no transporte coletivo, com duas empresas de ônibus, a urbana Auto Viação Santo Antônio, e a metropolitana Viação Santo Ângelo, contando com 180 ônibus, que transportam 2 milhões de passageiros por mês e empregam 500 funcionários.

Na área de geração de energia, através da AlleanZa Participações conta com usinas e Pequenas Centrais Hidrelétricas em todo Brasil, e agora está atuando também no setor de energia solar.  

Já no segmento imobiliário, através da Víncere, trabalha com a locação e incorporação de imóveis.   

Thábata Gulin me contou que todo o lucro obtido pelo grupo é reinvestido nas suas empresas com o objetivo de crescer.

Apesar da instabilidade econômica e política dos últimos anos, o grupo paranaense tem conseguido crescer em faturamento?

Sim! No ano passado, segundo me informou a diretora de Marketing, o faturamento do grupo cresceu 25%, principalmente em função do bom desempenho do mercado imobiliário. Já para 2023, o crescimento será mais tímido, uma vez que não haverá entrega de empreendimentos imobiliários. Mesmo assim, a previsão é de um crescimento da ordem de 10% no faturamento.

Ainda segundo me contou a executiva, o faturamento das duas empresas que operam com o transporte coletivo vem melhorando consideravelmente depois da pandemia.

Por fim, Thábata Gulin faz questão de destacar que a força do Grupo paranaense está em atuar em diversas áreas. Segundo ela, o Noster está presente no dia a dia das pessoas sem elas percebam. Ou seja, está no transporte coletivo, no prédio que elas trabalham, no edifício onde moram e até na geração de energia que utilizam a todo tempo.

Mirian Gasparin

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