Um investigador da Polícia Civil de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi condenado esta semana à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por quatro anos e pagamento de multa. A decisão, do Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública, condenou o policial por improbidade administrativa. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Paraná. O crime aconteceu em julho de 2001. De acordo com o MP, o policial e um colega – também processado, mas já falecido – forjaram um flagrante de posse de drogas contra um homem e uma mulher e depois exigiram dinheiro das vítimas. O casal estava no carro, aguardando o filho voltar de uma mercearia, quando foi abordado pelos investigadores, que, durante uma conversa, jogaram um “tijolo” de maconha no veículo. A mulher protestou e foi agredida. Ela e o companheiro foram detidos. Na delegacia, os policiais exigiram 50 mil reais para que fossem liberados. Como as vítimas não tinham o dinheiro foram mantidas presas. O casal chegou a ser processado por tráfico, mas a ação penal foi julgada improcedente depois que foi comprovada a fraude praticada pelos investigadores. Apesar da condenação por improbidade administrativa, o policial civil não foi preso.