Irmãos Meirelles têm acordos de delação homologados
A defesa dos irmãos Leonardo e Leandro Meirelles, que mantinham negócios com o doleiro Alberto Youssef, informou nesta semana à Justiça Federal em Curitiba que os dois tiveram acordos de colaboração premiada homologados pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O comunicado foi publicado na segunda-feira (18) em uma das primeiras ações penais decorrentes da Operação Lava Jato (n.º 5049898-06.2014.404.7000).
De acordo com o advogado Haroldo César Náter, que assina a petição, as colaborações ainda não foram publicadas para não prejudicar diligências que podem esclarecer questões mencionadas nos depoimentos dos irmãos Meirelles.
Eles são sócios no laboratório farmacêutico Labogen, que chegou a apresentar uma proposta de fornecimento de medicamentos para o Ministério da Saúde. Leonardo Meirelles diz que não foi formalmente sócio de Alberto Youssef.
Mas admitiu que o doleiro investiu recursos na construção de uma nova fábrica e usou a conta do laboratório para operações com empresas estrangeiras.
Leonardo Meirelles foi apontado nas investigações como laranja de Youssef. Leandro Meirelles era auxiliar do irmão em operações financeiras realizadas no exterior.
Leonardo Meirelles revelou três contas que mantinha na China e pelas quais teriam passado cerca de US$ 140 milhões, segundo estimativas do empresário.
Meirelles afirmou que desse total, pelo menos R$ 7,5 milhões teriam origem na Odebrecht e teriam sido movimentados em pagamentos no exterior.