Três homens acusados de envolvimento no ataque a uma escola de Cambé, no norte do Paraná, viram réus e vão responder criminalmente por dois homicídios duplamente qualificados. O atentado a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, no dia 19 de junho, matou dois adolescentes de 16 e 17 anos. A Justiça do Paraná aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra acusados que “instigaram e auxiliaram o executor a praticar o atentado, utilizando principalmente redes sociais e aplicativos de mensagens”. Os réus estão presos preventivamente em Pinhais, Vitória de Santo Antão, no Pernambuco e Santo André, no ABC Paulista.

O atirador, um homem de 21 anos, está morto. Ele foi preso em flagrante minutos após invadir o colégio e abrir fogo contra os estudantes. Na noite seguinte ao atentado, ele foi encontrado morto na cela onde estava detido, na Casa de Custódia de Londrina. O Departamento de Polícia Penal (Deppen) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apuram as circunstâncias da morte. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, o executor estudou no Colégio Estadual Professora Helena Kolody até 2014, quando cursava o 7º ano do Ensino Fundamental.

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Desde o atentado, em 19 de junho, seis pessoas foram presas pelas forças de segurança por envolvimento no ataque. Encontrado morto, o atirador não foi indiciado pelo princípio da extinção da punibilidade em casos como esse. Além dos três acusados por homicídio qualificado, outros dois homens com participação indireta no crime são investigados.

Segundo a Sesp, dois homens de 35 e 39 anos foram presos no decorrer das investigações em Rolândia, município vizinho a Cambé, suspeitos de fornecer a arma de fogo e as munições usadas no atentado. Até o momento, não há indícios de que eles sabiam que os materiais seriam usados no ataque.

Reportagem: Angelo Sfair