A liberação do serviço de mototáxi nos grandes centros urbanos pode gerar superlotação do sistema de saúde público. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, em 2020, lesões causadas por acidentes de trânsito foram responsáveis por mais de 190 mil internações nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) e hospitais conveniados.

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Destas, mais de 61% eram de motociclistas. Hoje (quarta-feira, 12) na Assembleia Legislativa do Paraná aconteceu uma audiência pública para falar sobre os riscos da liberação indiscriminada do serviço de mototáxi nos grandes centros urbanos.

O presidente da Frente Parlamentar da Medicina, deputado Ney Leprevost, fala da preocupação com a superlotação do sistema de saúde.

A atividade de transporte de passageiros por motos não é regulamentada na cidade. Mesmo tendo obtido uma decisão favorável no STF, o serviço de mototáxi em Curitiba é proibido por lei municipal. O deputado diz que caso seja liberado o serviço, será feita a exigência de seguro de vida.

Participaram da audiência pública representantes do Corpo de Bombeiros, representantes de hospitais que atendem pacientes que sofrem traumas em acidentes de trânsito. O presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, Jacques Cassidori Couto, fala sobre um estudo que traz um panorama sobre os acidentes envolvendo motociclistas.

Outro estudo divulgado pela Abramet alerta sobre a crescente taxa de acidentes com motos e as consequências que isso traz para o sistema de saúde pública. Além dos danos estima-se que o SUS, gastou quase R$ 108 milhões para tratar motociclistas que sofreram traumas em 2021.

A audiência pública é uma oportunidade para que diferentes atores da sociedade possam debater  sobre o assunto em questão. Nenhum representante de aplicativo que oferece este tipo de serviço esteve presente na audiência desta quarta-feira, 20. 

Reportagem: Francine Lopes