Litoral deve receber investimentos estruturais para implantação da Nova Ferroeste
Uma nova descida deve ser construída na Serra do Mar, entre Curitiba e o litoral
As cidades de Morretes e Paranaguá, no litoral do Estado, devem ser as mais impactadas com a implantação da Nova Ferroeste. A ferrovia deve ligar o Paraná aos estados do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, além da tríplice fronteira com Paraguai e Argentina. O objetivo é facilitar o escoamento de toda a produção agrícola e industrial para o Porto de Paranaguá, e em seguida rumo ao mercado internacional. De acordo com o projeto, em Paranaguá o investimento vai ser de 240 milhões de reais para a construção de viadutos rodoviário e ferroviário. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental indicou a necessidade de melhorias na estrutura urbana da cidade para receber as locomotivas. Segundo o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, as obras vão reduzir significativamente a interferência do trem nessas regiões.
Uma nova descida deve ser construída na Serra do Mar, entre Curitiba e o litoral. Estão previstos programas voltados para o acompanhamento e monitoramento do impacto da fauna, flora, qualidade da água, ruído e trepidação. De acordo com Fagundes, a grande preocupação do projeto é a Serra do Mar, que é um patrimônio natural do Paraná e precisa ser tratado com muita atenção por todas as partes.
A definição do traçado levou em consideração a área de domínio da BR-277, indicada no estudo ambiental, e coincide com a solução apontada pelo Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral há alguns anos. Entre as alternativas, à direita e à esquerda da rodovia, o trecho projetado é o que causa o menor impacto ambiental. Vão ser 55 quilômetros nesse trecho que envolve Morretes. Vão ser 18 quilômetros em viadutos e oito quilômetros em túneis para diminuir ao máximo a subtração de mata nativa. Morretes possui o maior fragmento de Mata Atlântica dentro do projeto.