As bolsas e auxílios estudantis, as pesquisas científicas e as contas de água e telefone da Universidade Federal do Paraná estão sob risco de corte. O Ministério da Educação bloqueou, na última sexta-feira (27), 14,5% da verba das universidades e institutos federais do país. O corte vale para as despesas de custeio e investimento, o chamado “orçamento discricionário”, que cada instituição define como aplicar. As despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias de professores, não correm risco.

Segundo o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, o ano letivo foi planejado com base no orçamento aprovado em 2021. Assim, o corte afeta o momento de retomada.

A decisão afeta o orçamento de entidades vinculadas ao MEC, como a Capes, responsável pelos cursos de pós-graduação, a Empresa Brasileira dos Serviços Hospitalares, que gerencia os hospitais universitários, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Segundo o reitor, a universidade terá que fazer escolhas de quais recursos cortar.

De acordo com a UFPR, o funcionamento do Hospital de Clínicas corre riscos menores por ter também recursos do Sistema Único de Saúde. Segundo o Governo Federal, o contingenciamento é necessário para cumprir o teto de gastos, que estabelece um limite para o crescimento das despesas públicas.

Reportagem: Larissa Biscaia.