O Brasil é o segundo país do mundo em realização de cirurgias estéticas. De acordo com dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética são em média 1,6 milhão de procedimentos por ano no país.

Estes são apenas os números oficiais, ou seja, referentes a cirurgias feitas com médicos. Mas nesse universo há também um grande número de pessoas que se submetem a procedimentos com profissionais duvidosos em clínicas clandestinas. E é aí que os riscos aumentam.

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A cirurgiã plástica e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Regional PR), Anne Groth, alerta que há muitas informações, especialmente nas redes sociais, que podem levar as pessoas ao erro.

Na semana passada a morte da ex-musa do Coritiba, Lygia Fazio, após uma cirurgia estética, reacendeu o alerta sobre os riscos dessa busca sem precedentes por uma imagem perfeita. A modelo e assistente de palco fez uma cirurgia para a retirada de uma prótese de silicone. Durante o procedimento ela sofreu um acidente vascular cerebral e morreu após um mês de internação.

Lygia costumava compartilhar com os seguidores nas redes sociais informações sobre os tratamentos que fazia em prol da beleza. Alguns deles teriam causado efeitos colaterais.

Foi o caso, por exemplo, de uma aplicação de silicone industrial em um procedimento clandestino que trouxe uma série de problemas. Em fevereiro do ano passado ela precisou fazer uma cirurgia para a retirada de pele necrosada, consequência do vazamento desse silicone industrial. E, aos 40 anos de idade, não resistiu às complicações da última cirurgia.

Anne alerta que qualquer tipo de cirurgia oferece riscos e que é preciso tomar alguns cuidados para garantir a maior segurança possível durante o procedimento.

Também é importante fazer todos os exames solicitados pelo médico e conhecer a clínica onde a cirurgia será feita.

No Brasil a Lipoaspiração representa 15% do total de cirurgias estéticas realizadas por ano. Em seguida vem a de aumento mamário (10%) e logo depois a blefaroplastia (10%), feita para tratar o excesso de pele nas pálpebras.

Reportagem: Vanessa Fontanella