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Mirian Gasparin

Embalagens ganham nova função ampliando comunicação entre empresas e clientes. Este é o tema da coluna de Negócios, com Mirian Gasparin

 Mirian Gasparin: novos hábitos de consumo influenciam embalagens

Foto: Freepik

Os novos hábitos de consumo e as mudanças no perfil dos consumidores estão influenciando não só o desenvolvimento de novos produtos e serviços, mas a forma como são apresentados. E isso inclui, principalmente, as embalagens, que se tornaram uma plataforma de comunicação entre marcas e públicos.
Uma coisa é certa: o consumidor, na maioria das vezes, compra com os olhos. Por isso, a embalagem tem que ser bonita, mas também deve ser funcional e adequada ao produto para ganhar o consumidor na competitividade com as marcas concorrentes no momento da compra.
Outro detalhe importante: 70% dos consumidores utilizam a embalagem para saber mais sobre a marca e quase 60% das pessoas comparam as embalagens entre os produtos concorrentes antes de decidir pela compra.
Mas afinal de contas, o que define uma boa embalagem, capaz de cumprir suas funções básicas, chamar a atenção e aumentar as vendas? Em tempos passados, poderíamos dizer que criar embalagens com cores quentes era o suficiente. Se fosse só isso, bastava tingir as embalagens de vermelho e amarelo e aguardar a fila de clientes à espera de adquirir o produto. No entanto, uma embalagem precisa ter uma série de atributos, que devem ser analisados desde o início quando uma marca está sendo desenvolvida.
Dessa forma, uma boa embalagem deve informar o conteúdo do produto, destacar os diferenciais competitivos e indicar com clareza para quem ele foi criado.
Hoje o consumidor está buscando cada vez mais por produtos e marcas ambientalmente sustentáveis, embora os materiais ecologicamente corretos impactem em até 30% o preço de alguns produtos.
Como resultado da procura por sustentabilidade, temos visto iniciativas para alterar a matéria-prima de produção, trazer mais informações no rótulo sobre a pegada ecológica dos produtos e até na direção de reduzir a quantidade de embalagens.
Nesse sentido verificamos a adoção de refis para aproveitar os frascos já adquiridos, além da maior oferta de logística reversa pelas empresas. Essas ideias parecem ser antigas, mas estão ganhando peso e devem crescer ainda mais nos próximos anos.
E, para concluir, na Europa, uma pesquisa recente mostrou que 41% da população trocaram a marca de um produto só por causa da embalagem. Para os europeus, existe um forte impacto na decisão de compra quando a embalagem não é reciclável.

Mirian Gasparin

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