Mulher que matou e esquartejou marido é condenada em Curitiba
Ellen Federizzi foi condenada a mais de 24 anos de prisão
A mulher que matou e esquartejou o marido em 2016, em Curitiba, foi condenada a 24 anos, 6 meses e 29 dias de prisão. Rodrigo Federizzi, policial militar, foi morto com um tiro na cabeça, disparado pela esposa. O júri popular de Ellen Homiak da Silva Federizzi aconteceu ontem (segunda, 11) e durou cerca de onze horas. No entanto, o julgamento, realizado no Tribunal do Júri, não contou com a presença da ré. Na última sexta-feira (8), os advogados dela pediram que a participação da assassina confessa fosse por videoconferência – já que ela estaria “sofrendo ameaças”, o que é contestado pelas demais partes do processo.
Após a sentença, o advogado de Ellen, Cleyson Landucci, disse que vai recorrer para tentar diminuir a pena, que considerou “muito alta”. Segundo ele, o crime cometido seria resultado da violência doméstica que ela supostamente sofria enquanto casada.
O assistente de acusação, Reinaldo Vieira, argumenta que não há provas de que Ellen sofreu ameaças. Ele também ponderou que o pedido de comparecimento apenas virtual aconteceu só na última sexta-feira (8), no fim da tarde.
O pai da vítima, Gentil Federizzi, lamentou o fato de Ellen não ter participado presencialmente. Apesar disso, disse que a sensação é de que a justiça foi feita.
O assassinato aconteceu no apartamento do casal, no bairro Tatuquara. Após o homicídio, para tentar ocultar o crime, Ellen esquartejou o marido, colocou parte dele em uma mala e outra em embalagens plásticas e seguiu de carro para uma localidade rural em Araucária. Depois, ela teria enterrado a mala em um ponto e as outras partes em um segundo local. O que teria motivado a discussão do casal seriam despesas de R$ 46 mil questionadas pela vítima.
Ellen Federizzi chegou a ser presa em setembro de 2016, mas, em 2020, conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade. Ontem (segunda, 11) após o júri, teve a prisão imediata decretada por não ter respeitado determinações judiciais – a Justiça havia determinado que, em caso de mudança de endereço, o Poder Judiciário deveria ser comunicado. No entanto, durante o processo, ela se mudou para Minas Gerais – fato revelado durante o depoimento de uma das testemunhas.