A quatro dias do início do inverno, o Paraná teve um prévia de como será a estação mais fria do ano. A terça-feira (16) começou com uma geada daquelas em grande parte do sul do estado. O vento gelado trouxe também o título de dia mais frio na capital paranaense desde agosto de 2013. E não é pra menos: 0,6 grau foi a temperatura mínima registrada na madrugada de hoje. Na série de recordes de temperaturas negativas, a líder no quesito frio é a cidade de Palmas, no sul do estado, com 2,2 graus abaixo de zero. Em Fazenda Rio Grande, os termômetros despencaram até 1,1 graus negativos. Na Lapa, a temperatura foi de menos 0.9 grau. Pra quem pensa que o frio já acabou, o meteorologista Lizandro Jacobsen avisa: a geada ainda pode voltar a enfeitar a paisagem do paranaense ainda nessa semana.

Pra quem já sonha em recuperar as imagens daquele memorável 23 de julho de 2013, quando nevou em Curitiba e em muitas cidades do Paraná, o meteorologista afirma que ainda é cedo para qualquer previsão. Primeiro porque, de acordo com o Simepar, a condição de neve só pode ser confirmada com antecedência de dois ou três dias. Depois, porque o frio mesmo só deve aparecer no primeiro mês da estação.

Nesta quarta-feira (17), essa massa de ar polar que derrubou as temperaturas já começa a perder força e os termômetros voltam a subir – principalmente à tarde. Áreas de instabilidade que já estão se formando na altura do Rio Grande do Sul podem trazer chuvas para o estado. Com a chegada do frio intenso à capital, as equipes de abordagem social da FAS – Fundação de Ação Social – de Curitiba fazem a Operação Inverno. O objetivo é buscar pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social na cidade. As equipes saem em pontos mapeados em que há alta concentração de moradores de rua. O assessor técnico da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, Antônio Carlos da Rocha explica que, além de acolhimento, a FAS tenta encaminhar os vulneráveis para tratamento.

Em Curitiba, 13 unidades ofertam o serviço de albergagem e acolhimento para quem vive nas ruas. De acordo com a prefeitura, são mais de mil vagas para pernoite em espaços que também podem ser usados em caso de emergência. A população  de Curitiba pode indicar à Prefeitura a localização de que precisa de ajuda pelo telefone 156.