O julgamento do senador Sérgio Moro (União Brasil) não será mais no dia 8 de fevereiro. Depois de anunciar a antecipação da data, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná voltou atrás e informou na tarde desta quinta-feira (1) que o julgamento está suspenso e sem data definida para acontecer.

De acordo com o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, a mudança ocorre para que dê tempo de finalizar todos os trâmites necessários para a realização do julgamento, isso inclui a nomeação do substituto do juiz titular Thiago Paiva dos Santos, que deixou a corte na semana passada.

Moro é alvo de duas ações por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Os processos, que correm de forma unificada na Justiça Eleitoral, analisam gastos com a pré-campanha do ex-juiz, que concorreu ao senado federal após desistir da disputa pela presidência da república.

Com base em notas apresentadas pelo União e pelo Podemos, antigo partido do senador, os gastos da campanha chegaram a R$ 2 milhões, valor considerado excessivo para a disputa ao senado. Em dezembro, ao acolher parcialmente as denúncias do PT e do PL, o Ministério Público Eleitoral emitiu parecer favorável à cassação do mandato.

Após o julgamento na corte estadual, cabe recurso ao TSE. Quando prestou depoimento à Justiça sobre o caso, Moro classificou as acusações como “levianas”. Caso o mandato seja cassado, uma nova eleição para ocupar a vaga no Senado será convocada em caráter suplementar.

Informação: Vanessa Fontanella e Larissa Biscaia