O número de alunos com 40 anos ou mais nas universidades paranaenses teve alta de 104% no período de dez anos. De acordo com o Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, em 2012, dos 439 mil estudantes universitários do estado, 39 mil tinham mais de 40 anos. Em 2021, o número passou para 80 mil alunos mais velhos, dos 629 mil matriculados.

Na última semana, uma mulher de 40 anos foi discriminada por outras alunas por ser mais velha. O caso aconteceu em no curso de biomedicina de uma faculdade particular de Bauru, no interior de São Paulo. Três colegas gravaram um vídeo em que diziam que deveria ser proibido entrar na universidade após os quarenta.

A prática é conhecida como etarismo, o preconceito e a discriminação contra pessoas mais velhas. A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da PUC-PR, Fabiana Escudero, lembra que o acesso à educação acontece mais tarde no Brasil.

Para ela, a presença de alunos mais velhos em ambientes universitários pode trazer mais profundidade aos debates acadêmicos.

Os alunos com 40 anos ou mais representam 12% dos matriculados no Paraná.

Reportagem: Larissa Biscaia