Operação combate o comércio ilegal de vinho na fronteira
O foco é a região da fronteira entre o Brasil e a Argentina
A Receita Federal realiza hoje (14) uma operação de combate ao comércio ilegal de vinho. O foco é a região da fronteira entre o Brasil e a Argentina, no Paraná e em Santa Catarina. No Paraná os agentes estão nos municípios de Pato Branco, Francisco Beltrão, Santo Antônio do Sudoeste e Barracão. A ação acontece em parceria com apoio de autoridades fiscais e aduaneiras do país vizinho e conta ainda com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Civil, conforme explica o agente tributário e aduaneiro da Receita Federal na Argentina, Leonardo Macedo.
A segunda fase da Operação Dionísio mira a importação ilegal de bebidas alcóolicas, a sonegação de impostos e a concorrência desleal. Segundo o chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal no PR e SC, auditor-fiscal Tsuyoshi Ueda, o objetivo é desarticular a ação de organizações criminosas que atuam na fronteira.
Segundo a Receita Federal, a apreensão de vinhos na fronteira com a Argentina tem crescido ano após anos. Em 2018, foram interceptadas 45 mil garrafas. No ano seguinte, foram 595 mil. Em 2022, a Receita tem focado as ações de fiscalização em depósitos, lojas, transportadoras e agências de correio. Foram apreendidas até o momento 113 mil garrafas, com valor estimado em mais de R$ 9 milhões. O delegado da Receita Federal em Dionísio Cerqueira, Santa Catarina, auditor-fiscal Mark Tollemache, ressalta que só no mês de agosto foram recolhidas cerca de 30 mil garrafas de vinho, um recorde para o período.
Os alvos são selecionados com base em dados coletados durante as investigações. Na operação de hoje não houve prisões. A Receita Federal ainda não informou os dados referentes às apreensões desta quarta-feira.
Reportagem Vanessa Fontanella e Angelo Sfair