Um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propinas a funcionários do Ibama em troca de licenças ambientais para a construção do Porto em Pontal do Paraná, no litoral, é alvo de operação da Polícia Federal (PF). Doze mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos em endereços dos investigados, dentro eles o senador Fernando Collor (Pros), que exercia influência junto a órgãos federais como o Ibama. Cerca de 50 policiais federais participam da ação em Curitiba, Pontal do Paraná, Gaspar (SC) e São Paulo. A operação foi autorizada pelo ministro Edson Facchin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, os pagamentos de propina feitos pela empresa Porto Pontal Paraná Importação e Exportação SA teriam ocorrido entre 2014 e 2015.

A investigação é desdobramento da Operação Politéia, deflagrada em 2015, quando foi identificado que bens de luxo, como carros e imóveis, pertencentes ao senador Collor, teriam sido pagos com dinheiro fruto de propinas entregues por empresários. A reportagem tenta contato com a administradora do porto e com o senador. Conforme a PF, a operação foi intitulada de “O QUINTO ATO” em referência ao rastreamento financeiro a partir do pagamento da “5ª parcela” de um jato executivo adquirido pelo parlamentar investigado.

Reportagem: Leonardo Gomes