Paraná é o mais afetado pela venda do HSBC no Brasil

(Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Fotoarena)
(Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Fotoarena)

O HSBC deve cortar quase 50 mil postos de trabalho e reduzir o banco de investimentos, diminuindo os ativos do maior banco europeu em um quarto. A sede do HSBC no Brasil fica no Paraná e emprega aproximadamente 7,5 mil funcionários distribuídos em agências e centros administrativos.

No México, o executivo-chefe do grupo financeiro, Stuart Gulliver, afirmou nesta terça-feira (9), por volta das 4h30, que metade das demissões são por meio da venda de negócios e a outra vem do fechamento de agências e centros administrativos.

De acordo com o executivo, “os negócios têm gerado resultado abaixo do esperado no Brasil, Turquia, México e Estados Unidos”, e por isso, o HSBC vai vender filiais no Brasil e Turquia e mudar no México e EUA”. Bancários do Paraná recorreram ao Banco Central e ao Conselho Administrativo Econômico em Brasília para tentar garantir manutenção dos empregos de 21 mil trabalhadores em todo o País.

Porém, não há garantias de que os funcionários consigam se recolocar no mercado. O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Jordão, afirma que os funcionários não têm governabilidade nas operações e pouco podem fazer para evitar as demissões.

De acordo com o sindicato o Estado mais prejudicado com a venda é o Paraná, principalmente se um banco que já tenha sede no Brasil for o comprador. O HSBC tem três centros administrativos em Curitiba, no Xaxim, Hauer e na Avenida Presidente Kennedy, além das agências que somam aproximadamente cinco mil e quinhentos funcionários. O economista José Pio Martins afirma que não é certo que tantos empregos serão perdidos.

Histórico de transações

De acordo com o sindicato, há 18 anos, quando o HSBC entrou no Brasil, e comprou o Bamerindus, a unidade somava 40 mil funcionários, e hoje são 21 mil. O Paraná tem 25 mil bancários aproximadamente, e 7,5 mil são funcionários do HSBC. Somente Curitiba tem 5,5 mil.

Quando o Itaú comprou o Banestado, no ano 2000, dos 12 mil funcionários em atividade na época, oito mil foram demitidos no primeiro ano no Paraná, segundo o sindicato. Hoje, apenas mil funcionários do Itaú eram do Banestado, sendo que 160 ocupavam cargos de direção.

Quando o Itaú incorporou o Unibanco, 16 mil funcionários foram demitidos no primeiro ano em todo o Brasil. Antes disso, o Banco Nacional foi comprado pelo Unibanco, em 1996, e 11 mil funcionários foram demitidos no primeiro ano em todo o País.

Para o economista, as transações de 20 anos atrás são diferentes das atuais.

O Sindicato dos Bancários afirma, sobretudo, que a saída do HSBC do Brasil tem relação com operações ilegais descobertas nos Estados Unidos e na Suiça que teriam diminuído investimentos e confiança do mercado.

José Pio Martins afirma que o encolhimento do banco foi causado por despreparo para o mercado brasileiro.

O HSBC tem, no Brasil, 853 agências em 531 municípios, 452 postos de atendimento bancários, 669 postos de atendimento eletrônico e 1.809 ambientes de autoatendimento, com 4.728 caixas automáticos. O HSBC Bank Brasil faz parte do Grupo HSBC, corporação internacional sediada em Londres e presente em 73 países e territórios.

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