O Paraná é o segundo estado brasileiro em que mais são vendidos produtos falsificados no país. O dado é de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), que fez 1.200 operações de combate às mercadorias falsas em 2014. O cigarro lidera os produtos apreendidos, seguido pelas peças de veículos, eletroeletrônicos e bebidas alcoólicas. O diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), Rodolpho Ramazzini, explica que o alto número de produtos falsos no estado se deve, principalmente, à proximidade com o Paraguai.

De acordo com Ramazzini, o Paraná também é polo da falsificação de roupas no país. De todas as peças falsas que chegam ao Brasil, 40% são nacionais. E a cidade de Apucarana, no norte do estado, está entre as três regiões que mais produzem esse tipo de mercadoria, atrás apenas do Brás, em São Paulo e seguida por Jaraguá, em Goiás. Também no norte do estado, Maringá lidera a produção de peças automobilísticas falsificadas. O analista de qualidade de uma empresa de autopeças, Osenir (Lê-se Ocenir) Bozza de Lima, explica que as mercadorias falsas chegam a custar apenas 10% do preço normal de mercado. Por outro lado, elas podem ter durabilidade e desempenho oito vezes piores do que as peças originais.

De janeiro de 2014 até o mesmo mês deste ano, a ABCF apreendeu 10 toneladas de peças de veículos falsas em 42 operações feitas em todo o país.  Para o diretor Rodolpho Ramazzini, uma fiscalização mais efetiva na fronteira é a única forma de reduzir a circulação desses produtos no país.

Segundo estimativas da Associação Brasileira de Combate à Fiscalização, o prejuízo com a falta de arrecadação tributária causada pela compra de mercadorias falsas ou contrabandeadas chega a 40 bilhões de dólares por ano no Brasil.