Paraná está perto de atingir limite máximo de leitos disponíveis, diz diretor de gestão em vigilância da SESA
O Paraná está perto de atingir o limite máximo de leitos de saúde disponíveis, de acordo com a Secretaria estadual da Saúde. Se não forem tomadas medidas drásticas para que a contaminação da covid-19 caia, não haverá leitos suficientes para a população, é o que explica o diretor de gestão em vigilância da Secretaria de Estado da Saúde, Vinicius Filipak.
Mesmo que o Estado tivesse capacidade infinita para tratar todos os pacientes, entre 20 e 25% dos pacientes que internam vão a óbito.
Com hospitais perto da capacidade máxima, pacientes da Região Metropolitana de Curitiba são transferidos para outras regiões do Paraná. Vinicius comenta que esse procedimento é usual, como casos de infarto e trauma, e não se aplica apenas agora na pandemia. Ele conta que a transferência funciona assim: o hospital é comunicado para a reserva da vaga e depois o paciente é transferido conforme a gravidade do caso.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, hospitais de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e de Irati, Guarapuava e Telêmaco Borba, na região Central, são regiões que têm recebido alguns pacientes de outros municípios. Nos próximos dias, o Governo deve ativar de 80 a 100 leitos UTI e de 100 a 200 leitos de enfermaria, para pacientes com o coronavírus ou com suspeita.
O grande problema, como afirma o diretor, é a carência de profissionais, sendo que grande parte daqueles que atuam na área da saúde já estão esgotados.
Atualmente, aproximadamente 2.500 paranaenses estão internados, em hospitais públicos e privados do Paraná, nos leitos exclusivos para o coronavírus.
Reportagem: Fernanda Scholze