Somente neste ano, quase 500 acidentes com serpentes já foram registrados no Paraná, de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde. Em todo o ano passado, foram 938 ocorrências. Para evitar o agravamento dos casos, o Paraná mantém, aproximadamente, 350 serpentes para estudos no Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos. Dessas, 270 serpentes peçonhentas são utilizadas para a produção de soro, para neutralizar a ação do veneno de serpentes da família das jararacas.

Só neste ano, foram produzidos 300 litros de plasma, que é matéria-prima desse tipo de soro. De acordo com a bióloga da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da secretaria, Juliana Cequinel, a vítima deve buscar ajuda médica rapidamente.

O laboratório mantido no Paraná está entre os quatro principais produtores de soros antiveneno de uso humano distribuídos ao Sistema Único de Saúde. Segundo o diretor do centro, Rubens Gusso, a saúde pública se ampara nos serviços da unidade.

O centro é conhecido nacionalmente por desenvolver antígenos, anti-soros e insumos para auxílio diagnóstico, veneno padrão de animais peçonhentos e animais de laboratório. A obtenção do soro é feita por meio de cavalos, pois são animais de grande porte.

Reportagem: Lorena Pelanda