CuritibaGeral

PCC cogitou sequestrar Moro em Curitiba, afirma Justiça

Troca de mensagens mostrou ainda que facção gastaria no mínimo R$ 564 mil nos ataques

 PCC cogitou sequestrar Moro em Curitiba, afirma Justiça

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Os nove integrantes do PCC suspeitos de planejar o sequestro e morte de autoridades, entre elas, o senador Sergio Moro (União-PR), cogitaram atacar o político no 2º turno das eleições de 2022. O local da emboscada seria o Clube Duque de Caxias, no bairro Bacacheri – local de votação de Moro.

Segundo a Justiça Federal, um dos suspeitos teria detalhado acessos ao clube, presença de seguranças e indicação de ponto não visível pelas câmeras de segurança da área. Para a Justiça, as mensagens comprovam que foi cogitada uma possível ação contra Moro.

Os planos de atacar o senador existem há pelo menos dois anos, segundo a investigação, e custariam pelo menos R$ 564 mil para os faccionados.

O valor consta em anotação anexada a decisão que autorizou a prisão dos suspeitos.

Em um bloco de notas de um aplicativo de celular, os criminosos elencaram os gastos com menções ao código “Tokio”, usado para se referir a Moro, e “Flamengo”, para referenciar o sequestro.

Na planilha os suspeitos destacaram a compra de armas, o pagamento de aluguéis, e gastos com viagens e carros. O dinheiro utilizado, de acordo com a investigação, é do tráfico de drogas.

As anotações são uma das provas anexas na decisão que teve o sigilo retirado nesta quinta-feira (23) pela juíza responsável, Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba.

A decisão mostrou, ainda, que os acusados chegaram a alugar um imóvel que seria, supostamente, para preparar o sequestro de Sergio Moro – uma casa no bairro Jardim Social, região norte de Curitiba.  Além disso, em um caderno foram encontrados endereços do casal, Sergio e Rosângela Moro (União-SP).

Códigos

Os documentos tornados público nesta quinta (23) revelaram ainda que o grupo usava “linguagem cifrada, com intuito de dificultar a identificação da ação criminosa”. Além dos códigos “Tokio” (Moro) e “Flamengo” (sequestro), os nomes “México” e “Fluminense” apareceram em outras trocas de conversa.

Segundo a Justiça, “México” significava Mato Grosso do Sul e “Fluminense”: ação.

Planejamento datado

Segundo documento assinado pelo delegado da Polícia Federal Martin Purper, e anexado a decisão de Hardt, o plano para o ataque contra Moro começou a ser desenhado, efetivamente, em setembro de 2022, durante o período eleitoral.

O delegado também disse que, no atentado planejado contra Moro, ao menos 16 pessoas eram investigadas por crimes como extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo de uso proibido e também promover ou integrar organização criminosa.

De acordo com a PF, os suspeitos arquitetaram crimes de homicídios e sequestro em pelo menos cinco estados. Em Curitiba, ao menos 10 pessoas se revezavam no monitoramento da família do senador. Os suspeitos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador.

A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

O que diz Moro

Segundo Moro, os ataques contra ele seriam uma retaliação a uma portaria do Governo Federal, na época em que Moro era ministro da Justiça, que restringia visitas em presídios federais.

Outro motivo seria o pacote anticrime apresentado elo ex-juiz no Governo Bolsonaro.

Por Leonardo Gomes

Avatar

leonardo.gomes

Erastinho precisa de doação de qualquer tipo de sangue

Erastinho precisa de doação de qualquer tipo de sangue

Para doar, não precisa de agendamento, basta chegar no hospital das 9h às 16h30

Granizo em Curitiba; veja vídeo

Granizo em Curitiba; veja vídeo

Previsão para sexta-feira (20) é de tempestades para praticamente todo o estado

Casal suspeito de homicídio em Piraquara é preso

Casal suspeito de homicídio em Piraquara é preso

Crime foi registrado na cidade em julho deste ano; vítima foi encontrada carbonizada